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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

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O que ler no feriado?

       Para aqueles que, como eu, não se dão com essa festa cheia de cores, alegrias, bêbados e suor...  ler um bom livro é o que resta, e quando eu digo bom não pense que me prendo neste patriotismo exacerbado de conceituar  a expressão “ livros bons” como livros clássicos de grandes autores brasileiros, não que os “olhos de ressaca” não seja os mais marcantes da minha adolescência... mas o universo underground proposto em muitos livros são de grande criatividade e originalidade e isso se vê por todo o mundo e não deve ser deixado de lado por querer ser culto de mais... Um bom exemplo é o  O Prédio, o Tédio e o Menino Cego quinto romance de Santiago Nazarian   considerado um dos autores jovens mais importantes da América Latina, beira o gótico, o mórbido e o bizarro segue a orelha:



Sete meninos moram num prédio de frente para o mar, um prédio inclinado, prestes a desabar, assim como suas vidas, na dura passagem para a adolescência. Os pais estão sempre longe. A escola está sempre em greve. O ócio e o tédio começam a propor perigosas possibilidades de mudança. Quando uma jovem professora se muda para a vizinhança, os meninos têm de enfrentar suas próprias masculinidades, descobrindo que, para nascer o homem, muitas vezes é preciso matar o menino. Em seu quinto romance, Santiago Nazarian aborda juventude e maturidade como dois sintomas da mesma doença. Assassinato, prostituição, inseticida e cocaína são os medicamentos, ainda que contra-indicados, numa narrativa de lirismo, sadismo e humor corrosivo. O Prédio, o Tédio e o Menino Cego é um livro de descobertas nefastas. É literatura que quebra vidraças, destrói famílias e desperta zumbis.
Uma outra dica, desta vez alemã, Axo Lotle Atropelado de Helena Hegemann confusíssimo, sem convenções, libertário, surreal, o nome - uma metáfora para seus personagens nada convencionais que nunca saem de seus estados:

“Vidas terríveis são a maior das felicidades”, desabafa Mifti em seu diário. Aos dezesseis anos, ela assumiu sua condição de “garota-problema” participante da cena underground de Berlim, onde mora desde a morte da mãe. A narrativa de suas experiências, radicalmente influenciadas pelo uso de drogas diversas, faz o leitor mergulhar em uma sequência de acontecimentos paradoxais e incomuns. Em sua busca por uma parceria e por uma compreensão incondicional, ela encontra um mascote exótico e surpreendente: o axolotle — uma espécie de salamandra mexicana que, por um defeito genético, permanece em estado larvário, sem se desenvolver. Com uma linguagem poderosa e inteligente, Helene Hegemann traz em Axolotle atropelado uma torrente de situações nas quais o sonho, o pesadelo e a realidade nua e crua se mesclam, e nem mesmo se diferenciam: apontam para um interessante jogo de intertextualidade e de referências que marca essa novíssima autora da literatura contemporânea

Maldito Coração  (meu favorito) é o tipo de livro que não se empresta, a falsa autobiografia contida nele é de tal peculiaridade que não vão te devolver tão cedo, os textos contendo as aventuras e desventuras de JT LeRoy se tornou ate mesmo um filme dirigido por Asia Argento:


        ”Maldito Coração” contém os primeiros textos, que se afirmava serem autobiográficos, do estranho autor norte-americano JT LeRoy, que se apresentava no jet set internacional como uma figura andrógina e perturbadora, amigo e parceiro de personalidades tão Díspares quanto Madonna, o cineasta Gus Van Sant e alguns ícones da moda. No momento em que o mundo se surpreende com a revelação de que LeRoy não existe – a verdadeira autora se chama Laura Albert e a pessoa que se apresenta como ele é uma mulher, Savannah Knoop – a Geração Editorial (que também publicou seu romance “Sarah”) reafirma seu compromisso com a obra e mantém a publicação, tendo em vista a qualidade de seus textos. Em “Maldito Coração”, JT LeRoy nos conta a história da trágica infância de uma criança transformada em prostituto infantil e drogada, conduzida pela mãe – uma prostituta juvenil – numa fantástica viagem pelas estradas dos Estados Unidos. Um texto inquietante, engraçado, brutal, sinistro, que descreve a perturbadora relação entre uma mãe e seu filho criança e, depois, adolescente. Histórias chocantes de amor abusivo e disfunção sexual, de coração partido e inocência perdida. Mais uma vez, a imaginação e o lirismo fantástico de LeRoy alteram seu suposto passado sombrio para algo completamente estranho e mágico. Realidade ou fantasia, não importa: a obra é fascinante.


Agora se você é do tipo patriota com nossa língua e literatura ou quer parecer mais culto leia os grandes clássicos em uma lanchonete bem arrumada no centro da cidade, usando uma camisa listrada  e um chaveirinho de alguma universidade famosa pendurado nas chaves do seu carango...

Divirta-se...


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