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domingo, 2 de setembro de 2012

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Easy A - A Mentira

Abaixo minha estreia no blog A Psicologia do Self , blog que aborda vários assuntos q rodeia a psicologia, psicanalise e outras cositas mais...
 
 
 
Para a estreia da minha coluna no A Psicologia do Self , coluna que venho a chamar carinhosamente de “Cinema, cultura pop, conspirações e bizarrices...” por motivos óbvios, vou falar sobre uma comedia romântica que mostra o que o ser humana sabe fazer desde de muito cedo (que dirá Piaget). A Mentira (Easy A no original) dirigido por Will Gluck e estrelada por Emma Stone, é o tipo da comedia convencional americana: muitos adolescentes, alguns muito populares e malvados, outros nerds e virgens. A eterna rivalidade entre esses opostos joviais fica mais interessante quando Olive (Emma Stone) decide resolver seus problemas usando uma mentira. O fato é que Olive é do tipo que não consegue atenção dos colegas, quando sua melhor amiga a convida para um fim de semana acampando, ela dá uma desculpa de que vai se encontrar com alguém e para manter a mentira, na semana seguinte, ela diz ter perdido sua virgindade com ele. A noticia é ouvida por uma aluna religiosa extremista que espalha para toda a escola. A porra fica seria quando aceita a proposta de um amigo gay Brandon (Dan Byrd), a ideia era finjir uma transa entre os dois dessa forma ela mantinha sua fama de vadia (por esse fato popular) e ele de heterossexual (o cara apanhava dos colegas e ganhava castigo do diretor homofóbico e fascista). A fama de Oliver se estabelece e ela passa a mentir cada vez mais ajudando seus colegas oprimidos.

Bom, pelo conceito da Sombra (Carl Jung) sabemos que Oliver projeta seu papel social adequando se para impressionar sua melhor amiga, vendo que apesar de estar com fama de vadia com as mentiras é lembrada por seus colegas se sente melhor, com mais autoestima e esconde toda sua real personalidade de garota nerd que perde suas tardes de sábado com o cachorro em casa, que prefere ler os romances aos filmes, e prefere aos clássicos aos remakes. Vemos durante todo filme vários personagens tentando ser quem não é para ser aceito, desde a amiga que gosta de ser vista como uma vadia a conselheira pedagógica, que de fato é a única vadia da historia, querendo manter seu emprego e casamento. Oliver tem pais modernos que, a todo momento, abre brechas ao dialogo, mas vemos ela resistir e se manter firme na ideia de querer ser popular e superar a amiga, ela expõe um alter ego inspirado em uma personagem do livro A Letra Escarlate, onde uma adultera tem de usar um A referindo se ao adultério nas suas vestes. Vemos uma adolescente preocupada e ter relações sociais, que todo tempo tem devaneios com uma vida parecida com os filmes dos anos 80, onde os romances parecem ser sempre perfeitos com musicais e cenas melosas, e que é empática pois muitas vezes mente para que o outro se sinta melhor.

Porque indico esse filme? A Mentira mostra de maneira bem humorada como mentir tem sido um dos principais atos investidos nas relações sociais e como isso gera desconforto e mais problemas (também pelas varias referencias aos romances clássicos dos anos 80 de John Hughes).
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