Ganhador do concurso Conrado Wessel de Literatura de 2003, Santiago Nazarian mostra em seus livros um universo particular e mórbido, propondo o que ele chama de “existencialismo bizarro”. Filho de uma escritora e um artista plástico teve adolescência intrínseca onde mais parecia um de seus personagens: gótico e desviado de seus colegas populares, masculinos, nerds e afins.
Contemporâneo e esquisito Nazarian já foi redator de telessexo, barman em um prostíbulo gay em Londres (onde morou em 94 e 2002), foi acusado de estar possuído pelo demônio por um professor de finlandês (língua que se interessou após ir à Finlândia e julgar que seu clima é literário) e já dividiu um quarto com um traficante de ecstasy em Paris, além disso, é graduado em Publicidade, fala cinco línguas e desistiu de cursar Letras logo no inicio do curso.
Tradutor de livros como The Heart is Deceitful Above All Things (Maldito Coração) do farsante JT LeRoy , já namorou um cara mais novo e escreve em seu blog Jardim Bizarro regularmente expondo opiniões, textos, fragmentos e outros atos poéticos, obscuros e libertários.
Suas inspirações são impulsivas, seus ídolos vão de Oscar Wilde a João Gilberto Noll, passando por Caio Fernando Abreu e Dennis Cooper.
Seu universo cheio de meninos andróginos e repteis é incrivelmente descrito em seus cinco romances e um livro de contos publicados: Olívio, de 2003, foi o grande ganhador do premio Conrado Wessel de Literatura; A Morte sem Nome, publicado em 2004 porem foi o seu primeiro livro, descreve uma sequencia de suicídios cometidos pela mesma pessoa; Feriado de Mim Mesmo foi publicado em 2005 e adaptado para o teatro e cinema; Mastigando humanos, de 2006, é psicodélico e bem humorado, cabulando pela contestação politica e filosófica; O Prédio, o Tédio e o Menino Cego é sem duvidas a consolidação do estilo Nazarian, publicado em 2009 narra em três partes, cada dividido em sete capítulos, a desventura de sete garotos ao se apaixonar por uma professora infanticida, clima apocalíptico e melancólico seria, como o próprio autor disse, um livro de “sete maneiras de matar adolescentes”; e de 2011 Pornofantasma: triste, thriller, humorado, sombrio... Catorze historias de sexo e morte.
Outro ponto interessante na sua obra é Thomas Schimidt, personagem andrógina e sempre sob suspeita, aparece em quatro dos seus cinco romances, talvez o próprio alter ego do autor.
Santiago Nazarian é sem dúvidas um dos melhores autores contemporâneo sendo pop-bizarro e autentico sem ser Cult, considerando Cult como um mero fetiche sádico da mídia.
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