Bom, este post seria a
continuação de uma pequena discussão entre eu e alguns amigos sobre MCR ser ou
não ser uma boa banda, claro que de imediato o termo “emo” veio à tona e com
isso comparações com Simple Pan e McFly são inevitáveis...
Primeiramente “emo” não
é nenhuma destas bandas... Pra ser emo tem de ser Hardcore somado a letras e
aspectos mais melódicos o que vemos em bandas como a breve Embrace dos anos 80,
o termo “emo” muito utilizado para definir varias bandas surgidas nos anos 2000
só serve mesmo para insultar ou difamar (o que não deveria acontecer já que o
movimento "emotional hardcore" ainda respira no senário underground )
então esse ponto pode se descartar, sem contar que hoje em dia já nem se fala
muito sobre isso.
Falando de Simple Pan,
essa banda faz um Punk Pop... É, quem nunca se pego cantarolando um dos seus
hits que por vezes foi tema da novelinha Malhação? Bom querendo ou não tenho
que admitir que SP tem lá o seu mérito, afinal esta na mídia ate hoje
emplacando mais hits sem se deixar cair na tentação de repetir as mesmas velhas
melodias que deram tão certo no passado. Apesar, de a meu ver, serem chatinhos
foram eles que levantaram o Punk Pop então longe de eu criticar essa banda, mas
o dia que eles fizerem um álbum tão bom como o “Danger Days: The True Lives of
The Fabulous Killjoys” do MCR eu compro sozinho 1000.000.000 de cópias e saio
distribuindo pelas ruas!!! Sério, do minha palavra... Resumindo: nem de longe é
melhor que MCR... Mas tem lá o seu mérito.
Agora a McFly... ahhh
McFly... Bom, essa banda formada por 4 jovens do Reino Unido, não me causa
impacto nem um pouco. Podem-me dizer que é a banda mais jovem a ter um álbum de
estreia em primeiro lugar no Reino Unido e que esse título pertencia aos
Beatles (o que pra mim não serve de comparação com Beatles, nem mesmo na era
ante Rubber Soul quando eles ainda não eram lá uma banda de “rock cabeça” e
sofisticado pra época) ou ainda me indicarem o álbum “Wonderland” (lançado em
2005, álbum que muitos acreditaram que McFly não seria só mais uma boyband do
tipo Jonas Brother ), que eles tem uma releitura lastimável de “Don’t Stop Me
Now” do Queen ou quem sabe que suas influencias giram em torno de Green Day e
os próprios Beatles... Não... Nada me tira da cabeça que essa é uma banda de
patricinha que ama pintar as unhas de rosa enquanto assiste “Bom Dia e Cia”
pensando no mauricinho mais lindinho da turma... Fala serio... Suas canções são
tão descartáveis que chega a ser cruel ouvir... Fato: definitivamente não
supera o MCR...
Ainda poderíamos falar
da descartável Fall Out Boy ou ainda da Panic! at the Disco e quem sabe Good
Charlotte. Nenhuma foi ate agora ou será como é o caso da FOB, tão original
quanto a MCR.
Mas porque MCR é tão foda???? Pra começar a banda é liderada por um nerdalhão chamado Gerard Way, o cara além de cantar é um puto desenhista, compositor, escritor e pintor, deve muito de seus talentos a Elena, sua avo que morreu durante uma de suas primeiras turnês (a canção Helena é para ela). Elena o incentivo nas artes ensinando o a cantar e a atuar. Way é formado em Belas Artes e chegou a criar um desenho para a Cartoon Network, infelizmente “The Breakfast Monkey” não foi aceito por ser semelhante a outra produção (The Aqua Team). Isso não desanima nosso querido Garard Way, em 2007 o HQ The Umbrella Academy é lançado pela Dark Horse, a série é idealizada e escrita por ele e ainda conta com a arte de Gabriel Bá (Casanova) e Dave Stewart (Hellboy).
Mas ai você me
pergunta: o que isso tem a ver com a sonoridade e essência da banda??? Bom, ” I
Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”(2002), primeiro álbum da
banda, sofre muita influencia de tanta criatividade vinda de Way, e apesar de
tudo ter começado com uma composição sobre os atentados terroristas em 11 de
setembro (Skylines And Turnstiles), "Bullets" (como foi apelidado
mais tarde) conta a história de dois amantes criminosos (Demolition Lovers), os
amantes são perseguidos por um grupo de vampiros sádicos e ao final são
queimados no deserto e vão para o inferno. Somente com isso já se percebe a
grande originalidade do MCR, o que os distanciam muito das outras bandas já
citadas neste post.
Sequencialmente mais tarde é lançado “Three Cheers for Sweet Revenge”(2004) consolidando a banda e dando continuidade a história, desta vez para que ele esteja com ela após a morte, ele deve voltar a terra e matar 1000 homens maus. O álbum é enérgico e sujo como seu antecessor porem abre mais portas a banda dando uma brecha a outros públicos, além do underground já conquistado.
Em 2006 é vez de contar
a historia de “O Paciente”, um personagem que esta morrendo de câncer em um
hospital. O álbum “The Black Parade” é obscuro e tocante, o produtor Rob
Cavallo da um tom pop ao álbum que foi muito bem aceito pelo grande público.
Com um clima gótico e sarcástico cheio de apelo teatral suas melodias passam
por guitarras abafadas a riffs que beiram o Heavy Metal (o que os mantem
criativos e ainda se destacando das demais bandas). “The Black Parade” ainda
traz outros personagens além de “O Paciente” que no mínimo são perturbadores:
A Mãe Guerra (The Mother War), que pode
ser vista no fim do videoclip "Welcome to The Black Parade" com um
vestido antigo e uma máscara de gás.
O Arrependimento (The Regret), outra
das enfermeiras que aparece no videoclip "Welcome to The Black
Parade".
A fase que exibia o
lado gótico do MCR se encerra após o lançamento do dvd “The Black Parade Is Dead” onde se encontra
toda construção da banda em sua jornada ate então.
Após isso eles
apareceram com um cover de “Desolation Row” (2009)do Bob Dylan, o single que se
difere da original por ter 3min (a original tem 11) e ter uma postura punk rock
escancarado foi gravado para o longa “Watchmen” (mais uma ponta no universo HQ)
a versão é incrível e bem sucedida (diferente da canastrona “Don’t Stop Me Now”
do Mcfly, a tentativa mais infame de fazer um cover do Queen, sem falar em “Crazy Little Thing Called Love” afff... )
E ainda demonstrando
que Way é realmente um nerd, os Killjoys são apresentados no vídeo de "Na Na Na (Na Na Na Na Na Na Na
Na)". “Danger Days: The True Lives
of The Fabulous Killjoys” é um álbum diferente do rock sujo dos dois primeiros
e nada dark como foi o “The Black Parade”, mas ainda mantem a criatividade MCR.
Os membros trajados de roupas coloridas armados com armas que mais parecem ter
saído de um desenho animado mais se parecem com super-heróis dos quadrinhos, e
assim são rebeldes justiceiros. O álbum, como o próprio Way já disse, tem
canções influenciadas por Rick Springfield e Children of Bodom. É um grande
álbum, diga se de passagem, nele você ouve arranjos bem trabalhados, peso de
guitarras, sirenes intergalácticas e musica eletrônica (semelhante a MGMT).
Os Killjoys (Party
Poison (Gerard Way), Jet Star (Ray Toro), Fun Ghoul (Frank Iero) e Kobra Kid
(Mikey Way)) lutam contra a corporação "Better Living Industries" em
um futuro não tão distante, os rebeldes são guiados por um DJ (Dr. Death
Defying) de uma radio pirata.
O fato é que MCR vem
provando ser uma grande banda, deixando o termo “emo”(sem ligação sonora com o
movimento dos anos 80 e sim uma chacota) para bandas menos originais e mais
oriundas ao universo pop descartável. Gerard Way mescla sua vida de rocks star
e nerd amante de HQ e livros o que deixa tudo mais interessante e original e
isto é o que separa MCR das demais bandas que surgiram na mesma época.
Nota: este post tem sim
um sentido provocativo, mas claro que minha opinião está guinada em tudo, todas
as bandas tem seu lugar ao sol e tudo não passa de mera questão de opinião...
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Quando vc disse q estava grande naum pensei q fosse tão grande, porém foi muito bem escrita e ficou ótima... Parabéns
ResponderExcluirme empolgo as vezes pra escrever... rrsr... obrg
ResponderExcluirOtimo post xD curto bastante as musicas de mcr mas nao sabia sobre essas curiosidades dos albums.
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