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quarta-feira, 11 de julho de 2012

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Consumindo Imagens e Sentimentos - Marielle Cristina


"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."(Perto do Coração Selvagem) Clarice Lispector

Talvez essa frase de Clarice Lispector possa explicar um pouco o perfil dessa jovem escritora em fase experimental, Marielle Cristina talvez seja só mais uma entre tantas garotas que gosta de rascunhar pensamentos no canto do caderno, não, todos somos únicos e temos a necessidade de exprimir nossa subjetividade seja com musica, fotografia, desenhos... 

Para ela, que na verdade diz não ser uma grande leitora, a inspiração vem da 7° arte: romances pomposos a estranhezas de Tim Burton... Tudo é valido na arte desde que abra suas portas criativas, e fazer parte de uma geração  visual não a impede de criar, escrever talvez fosse o seu “Ensaio Sobre a Cegueira”, ato este que da nome a um filme que se orgulha em dizer que assistiu, e não, ela não leu o romance de José Saramago mas em uma conversa casual percebi que entendeu a mensagem da obra, já que o filme, não menos complexo  é tão fiel, e apesar disso ainda persiste em ser uma observadora que usa de seus olhos para sugar o mundo e as coisas e assim transcrever tudo somado a seus sentimentos.


Da aflição que se sente ao assistir “Ensaio sobre a Cegueira” a dor e sensibilidade de “Inquietos”, do diretor Gus Van Sant outro grande consumidor de imagens e sentimentos, ela busca em filmes seu País das Maravilhas... Mas não pretende se perder por lá, em outra conversa em outra ocasião diz “eu às vezes sou mais do outro mundo do que do real, e quando baixo meus pesinhos, ai o bicho pega... então prefiro firmar o pé na minha vidinha, e alienar no mundo alienado, se me entende”

“Em Perto do Coração Selvagem” de onde vem a frase que da inicio a este post e é o livro preferido de Marielle, percebemos uma crise dentro do mundo subjetivo alternando fatos ao objetivo, sim, estamos todos fazendo isso o tempo todo e é dai que vem seus textos (ainda em estado bruto, ou seja, em estado mais sincero):

“Tá todo mundo falando. Já é maior murmurinho. Falaram lá no pelourinho e trouxeram cá pros montes verdes.
Os ventos frios sussurraram ali no sul e os raios do sol iluminaram lá no leste.
Cabra macho, sim senhor, leva lá, leva lá. O mano vem com a rima, o malandro vem sambar.
Tem um branco, tem um negro. O amarelo ainda quer pintar. Pinta o corpo, pinta a face; vermelho e azul;
Tem tanta cor, tem tanta gente, tem tanto agrado que dá pra desenhar aquele sorriso largo cor de mar.
O pé que dança a mão que pinta, a voz que canta!
A arte que os olhos podem ver a luz que eles levam a iluminar o palco cultural da vida,
Sempre espetacular, apresentam a queda das cortinas.
O preconceito que ti cega ao progresso, traz a desordem do afeto.
Respeitável público, plateia do teatro mudo, olhos bem abertos, pois as palavras podem enganar,
mas o que vós veem somente suas próprias palavras vão falar.
Anunciam a queda das cortinas, vão escancarar tudo e você escolhe o que vai ver.
A beleza que tanto procuram... Um espelho pra você !
Tem um negro, tem um branco, o amarelo pinta pra ti. Um espelho colorido. A alegria está dentro de ti !”

“Vou ter-me em pensamento, dos melhores aos piores.
Vou me apegar em meus sentimentos, por eles pra mim, pra quem quiser.
Vou despertar-me de meus sonhos ao pisar nas terras soltas.
Vou atentar-me dos perigos que me disponho em tanto, tanto ir, sem saber pra onde.
Vou não fazer este instante de qualquer das minhas lembranças.
Fui, só em certo momento perceber, que de sempre ir deixei o que poderia ser ou não ser.
Não pense baixo, eleve-se em imaginar, o real na real, sem tanta intensidade,
É de verdade tão simples e ti importa em não ignorar”
vc psicolouco : E eu só tive sangue pros olhos. Sem voz pra cantar os sentimentos, sentido pra razão,
foi apenas aquele vermelho vivo por onde os olhos corriam.
Sempre atrás de uma razão em função da qual nos perdemos,
e nos dizem loucos sempre que não a temos.
Em meio a tantos tabus e imposições da sociedade sanidade,
 a razão é apenas imaginação e assim a criatividade é plena por um todo.
A loucura é convivente ancestral, insano é quem não acredita nela"

"Sabe que eu nunca fui de pedir um algo de nada. Que ridícula omissão !
Por este, hoje me proponho e vou mesmo é dizer:
peço um pouco de tudo, tudo onde esteja meus ideais, tudo onde me encontre bem.
Peço tudo a mim, que apenas eu posso me dar.
Hoje eu me peço um pouco de atenção, que entenda com paciência e orgulho.
Hoje eu vejo o que foi construído até aqui.
Hoje eu compreendo, não muito satisfeita, o porque de muitas coisas.
E finalmente, ontem algo começou a ser esquecido e pelo meu pedido,
pelo que está batendo em mim agora, amanhã e em dias mais leves eu me peço, eu me peço, eu me... EU !"

"As vezes é preciso fazer desistências. As vezes é preciso parar com tudo.
A gente observa de forma errada e os demais se aproveitam disso.
A gente se omiti pra tudo e anda sempre com nada.
A gente vai com a mão no bolso e os demais vem com a mão armada.
As vezes é preciso não ser tão legal.
As vezes é preciso levantar a mão num basta, articular, de voz baixa, firmar.
A gente "entende" coisas que nunca são e o que é a malandragem compra.
A gente transparece o de dentro e os demais o jogam fora.
A gente nem sempre espera muito, mas ao menos sente um querer.
As vezes, a gente, nem sempre, sente algo.
Essas mentes cheias de nada, sem a razão que dificilmente existe entre nós,
se martirizam por longo tempo e entendem ainda menos o que é preciso ...
O que eu preciso? Assim que nunca saberei, sim ou não, sem peso, um café pra acompanhar.
Ainda o precisarei, muito e muitos, mas vai aí, um café pra acompanhar."

"Pois sim, hoje as coisas estão mesmo estranhas. Estou olhando aquela luz ali, logo ali.
Nem tão forte, nem leve toque. Foi o que eu consegui achar.
É o que tem pra hoje e eu tento me virar com isso.
Essa insuficiência que a gente cisma sempre em ter. Batendo na mesma tecla, história repetida.
A gente não se cansa mesmo de esperar, sem entender o grande PORQUE disso e muito mais.
Explicação não há e nem precisaria haver.
Isso ‘são’ humanos em transições, pra mais ou pra menos, sem ‘ser’.
Existe essa linha tênue e por isso a dúvida de um ‘ser’ ou não ‘ser’, qual é a questão?
Barganhado um restinho daqui pra tentar pegar um pouquinho dali.
Essa droga que é esperar, e, pois, sem esperança.
Esse é um não ‘ser’ sem razão, vivendo ao meio."

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